OSTEOPOROSE NA INFÂNCIA

Osteoporose infantil, um assunto importante e pouco conhecido pelos pais

Quando falamos em osteoporose logo lembramos de algúem mais velho, normalmente mulheres na pós menopausa. Porém a osteoporose também pode ocorrer na infância e adolescência, sabia?

Assim como nos adultos, a osteoporose na criança é classificada em primária e secundária:
Primária: osteoporose juvenil idiopática e as do tipo congênito, representadas pela osteogênese imperfeita e pela homocistinúria.
Secundária: são as que ocorrem nas endocrinopatias (diabetes melito), nas doenças inflamatórias crônicas (artrite reumatoide juvenil), no hiperparatireoidismo, e as decorrentes de distúrbios nutricionais (deficiência proteica e de cálcio) ou pelo uso continuado de determinadas drogas (corticoterapia).

Também podem ocorrer em situações de imobilização prolongada e na paralisia cerebral. A osteoporose que ocorre na infância geralmente é a do tipo secundário.

OSTEOPOROSE JUVENIL IDIOPÁTICA

É uma doença metabólica rara e de etiologia desconhecida, onde há um balanço negativo de cálcio. Alguns autores referem a deficiência de vitamina D e de calcitonina. Ela ocorre nos indivíduos pré-púberes, e os sintomas são inespecíficos. Podem ocorrer fraturas nos ossos longos ou nos corpos vertebrais, com mínimo traumatismo. A densitometria mostra diminuição da massa óssea. Ocorre cura espontânea após a maturidade.

Os sintomas estão diretamente relacionados ao grau de osteoporose apresentado.
Podem ocorrer: artralgia (joelhos e tornozelos), dor lombar com ou sem fratura, cifose e escoliose.
O prognóstico é bom, dependendo das fraturas e das deformidades. Não existe um tratamento específico.

OSTEOPOROSE SECUNDÁRIA

Em relação à osteoporose da criança e do adolescente, o diagnóstico diferencial com os quadros secundários é muito importante. O principal diagnóstico diferencial é realizado com as formas mais leves de acometimento da osteogênese imperfeita. Algumas doenças que devem ser investigadas são:

Doenças endocrinológicas, metabólicas, renais, osteogênese imperfeita, doenças malignas como leucemias, entre outras.

A dica é ao primeiro sinal de dores ósseas ou articulares, fraturas com traumas mínimos procure seu ortopedista pediátrico para avaliação. 

 

Dra. Andréia Queroz

Ortopedista Pediátrica 

CRM SC 30259/ RQE 20686